1.29.2008

A expectativa daquilo que não chega...

Ando na expectativa, ansiosa, com frio na barriga. Nunca gostei de incertezas. Aliás, estava na expectativa de colocar este texto “no papel” há mais de uma semana. De certa forma, a falta de tempo foi ótima para que eu pensasse muito na Senhora Expectativa.
Passamos a vida inteira com expectativas ao nosso redor. Começa antes da gente nascer, a expectativa de nossos pais. Depois vem o ciclo natural da expectativa, pelo primeiro dente, primeiro riso, primeiro passo... todas as expectativas da infância, o 1º dia de aula, as notas das provas, expectativa das férias...

E chega a adolescência! Quanta expectativa!!!!!! O 1º beijo, 1º namorado, 1º menstruação, 1º vez...vestibular, 1º estágio, 1º emprego.

E vem a vida adulta. Expectativas, expectativas e mais expectativas. Sei que o texto está meio clichê, mas ando com tantas borboletas no estômago devido a tantas expectativas que precisava escrever, por mais clichê que fosse.

Hoje fico na expectativa de conseguir minha casa, de conseguir um emprego melhor, na expectativa do fim de semana. A expectativa de que o telefone toque, que chegue aquele e-mail que eu tanto espero. A expectativa de viver tudo aquilo que eu tenho sonhado para mim. Piegas, eu sei!

Mas a expectativa é piegas mesmo! Se eu pudesse passaria um dia sem expectativa alguma, para quem sabe, ser surpreendida.


Termino por aqui. Na expectativa que vocês não odeiem este texto e nem achem a mesma cafonice que eu acho dele!

Um grande beijo,

Glórinha

1.25.2008

Sobre o amor que nunca tive.

Me diga, como é viver com um pai em casa?
Como é acordar com sua voz bebendo café, ouvir seu bom-dia atrasado ao serviço? Como é ter um pai entrando no quarto secretamente, para ver se finalmente dormi? Um pai que confere a extensão das cobertas e se as janelas estão fechadas? Um pai que coloca remédio de mosquito e esfrega a manga morna do pijama em minha testa? Como é ter um pai que me acompanha na consulta ao médico? Um pai que assina o boletim? Como é ter um pai perseguindo baratas pela tranqüilidade doméstica? Como é brincar com um pai: aprender a dobradura de papel de chapéu e barcos? Como é ter um pai para perguntar que horas ele voltou do trabalho? Como é empurrar um pai pelos barulhos estranhos no quintal? Como é ter um pai angustiado com a demora da mãe, e que me dá banho, me oferece janta e esconde sua preocupação? Como é ter um pai para segurar as lâmpadas enquanto ele sobe na escada? Como é ter um pai para se escorar enquanto ensaio a primeira seqüência de passos? Como é andar de bicicleta com um pai? Observar atrás se ele me segue? Como é escutar o ronco terrível do pai e se sentir protegido? Como é ter um pai para reclamar docilmente da mãe, dizer que ela não me entende? Como é ter um pai que não me entende? Como é ter um pai para freqüentar a casa dos avós no final de semana? Como é ter um pai para xingar e logo após reaver a gentileza do abraço? Um pai que estará no seu trabalho, num lugar certo, a facilitar minha desculpa? Como é ter um pai para responder com confiança aos seus conhecidos como está meu pai? Um pai para me levar aos jogos de futebol e ocupar o trajeto de volta comentando o resultado? Como é ter um pai para receber presentes de aniversário, e me ajudar a retirar o papel bonito sem estragar? Como é ter um pai para sanar as dúvidas das aulas, as operações difíceis, as curiosidades sobre planetas, estrelas e bichos? Como é ter um pai mais rápido do que o dicionário e que conta o que significa tal palavra? Como é ter um pai com passado?
Como é ter um pai chateado, endividado, alinhando contas do que não podemos mais gastar? Como é ter um pai com emprego novo, que não pára de falar das novidades na janta? Como é ter um pai para pedir o carro emprestado? Um pai para inventar uma mentira e dormir fora de casa? Como é ter um pai aguardando na saída da escola? Como é ter um pai preocupado, confessando que perdeu o sono quando na verdade o esperava na madrugada? Como é ter um pai para me convencer que as dores passam, que amanhã estarei bom, que eu tive coragem? Como é ter um pai a me orientar - de um modo patético - sobre transar com segurança? Como é ter um pai beijando a mãe, sussurando qualquer coisa que a faça rir, e eu me escondendo para que não me vejam? Como é ter um pai para sair ao cinema, e escorrer pipocas pelas suas mãos? Como é ter um pai para sentir saudade devagarinho, de um dia para outro ou por algumas horas? Como é ter um pai para xingar os chinelos no corredor e os tropeços na noite e na vida? Como é ter um pai preocupado em fotografar a família nas férias? Como é ter um pai festejando uma conquista com jantar no restaurante predileto e só entender sua alegria? Como é ter um pai histérico, procurando seus óculos, seus livros e canetas perdidas? Como é ter um pai alegando que estava nervoso depois de uma grosseria e compreender que é o máximo que ele se aproximará de um perdão? Como é suportar um pai cantando suas músicas antigas? Como é ter um pai a me socorrer e convencer a mãe a gostar de minha namorada? Como é sentar no sofá com um pai e assistir um filme reprisado e comentar: “esse eu já vi”: e continuar assistindo a amizade de sentar ao lado dele? Como é ter um pai para ser parecido com ele? Como é ter um pai vibrando com minha aprovação no vestibular, pregando faixas na frente da residência?
Como é ter um pai para procurá-lo nas centenas de poltronas da formatura? Como é ter um pai que explica que “as coisas eram diferentes no seu tempo”? Como é ter um pai que não descobriu que envelheceu porque empresto meus olhos da infância? Como é ser espetado no rosto pela barba do pai? Faz coceira, arranha? Sempre quis saber...

E agora eu sei, não por ter tido um pai,mas por ter ao meu lado um marido que é para meus filhos o pai que sempre sonhei.

"Nossos filhos são a nossa segunda grande chance de termos uma incrível relação de pai e filho"

1.24.2008

Nada Fashion

E as bolsas do mundo inteiro continuam a cair... algumas ameaçam parar...

Se minha bolsa fica caída mais de 15 minutos em qualquer lugar de São Paulo, nunca mais eu encontro... e olha que nem é uma Fendi...

Ei, alguém aí manda o reizinho americado de volta pra coleira, que ele tá mordendo o tornozelo de todo mundo!!! Chega, né...

1.15.2008

Ainda sobre o respeito

Amélia querida,
concordo 100% com você em relação a teoria do espelho e a frase “ Seja a mudança que você quer ver no mundo”. Hoje, infelizmente, o que mais vejo é a ausência de respeito nas relações humanas, sejam elas, entre pais e filhos, amantes, amigos, colegas, enfim, está faltando muito respeito no mundo.
E todo mundo reclama, mas todos esquecem que as pessoas só fazem conosco aquilo que permitimos que elas façam. Sei que isso é clichê, mas é fato. Eu mesma, vejo isso em minha vida. As vezes ouço ou faço reclamações sobre determinadas coisas/ situações, e fato é que fui eu quem me coloquei em tais situações, portanto, não adianta chorar, brigar e colocar a culpa na forma como os outros te tratam.
Resumindo, olhe para seu umbigo. Se algo te incomoda, a probabilidade de você mesmo ser culpado por isso é grande. Então, mude!!!! Evolua!

Um beijo carinhoso,

Glória

1.11.2008

Sobre o respeito.

É engraçado pensar que exista por aí tanta gente parecida.
Na qualidade de indivíduo único e imutável acabamos sendo tão iguais.E acho isso uma das grandes magias da vida.
Aprendi nas minhas buscas espirituais a respeitar as diferenças e por fim percebi que as igualdades também precisam ser respeitadas porque às vezes julgamos nos outros justamente aquilo que somos.É a tal da teoria do espelho,onde repudiamos nossos próprios defeitos em outrém.
Conclusão:minha não-tão-vasta lista de personas non gratas me fez ver o que na verdade eu estava precisando mudar em mim.


"Seja você a mudança que você quer ver no mundo".

1.10.2008

Um pedaço de bolo de fubá...

Iniciado nosso blog, minhas senhoras!!!
Aqui tomaremos nossos cafés, com prosa da melhor e por que não da pior qualidade também? As senhoras bem sabem que estou iniciando essa coisa que é escrever. Sou boa em falar as coisas, quanto a escrever, bem, estou me colocando à prova.

Para aqueles que querem saber quem é Glórinha, vou dizer aos poucos. Você encontrará um tanto de mim em cada prosa e/ ou comentário aqui deixado por mim. Afinal, uma senhora não se revela por inteiro assim sem mais nem menos. Pensando bem, uma senhora nunca se revela totalmente. Se isso acontecesse, qual seria a graça? Para mim fica bem claro que os Senhores bem gostam de um mistério, portanto, permito que me conheçam durante as prosas... mas sempre deixarei um certo mistério.

Que sejam afortunadas as prosas que virão. Aproveito a oportunidade para convidar você, você que está passando por aqui, a sentar e tomar um café conosco. Conte o que te aflige a essas três figuras que aqui escrevem, equanto passamos o café.

Um carinhoso abraço,

Dos inícios.

Que seja sempre assim, esse sabor de café passado na hora, de biscoito saindo do forno, de bolo de fubá.
A companhia é a melhor possível,os quitutes estão à mesa e agora é só começar a fofocar!
Sejam bem-vindas!

O meu sem açúcar, por favor

Desculpe, garotas, meu ônibus quebrou, demorei pra chegar...rsrs
Mas aqui estou!

Glórinha em teste

Hummm, agora sim querida Amélia!

Agora podemos começar!!!

Um beijo